https://www.firestock.ru/wp-content/uploads/2014/02/photodune-722484-700x459.jpg

1 de mar. de 2016

Não peça, troque ombros. Eu te dou e Tu me dá.

As vezes somos egoístas ao ponto de perguntarmos se o outro está bem, torcendo que a resposta seja sim, o que nos dá mais espaço para falarmos de nós (do nosso "não estou bem", talvez). Só que aquele " sim, estou bem" em sua maioria é um recuo diante do nosso umbiguismo crônico já detectado em outras oportunidades, por aqueles que apesar de terem o que compartilhar não se sentem a vontade para fazê-lo, pois sabem que está diante de ouvidos de mercador.

26 de out. de 2012

Testemunho



Ontem (antes do apagão) estava olhando meu histórico universitário, observei que nos dois primeiros semestres eu "bombava" nas notas. Bateu uma saudade! Lembro-me que minha rotina era intensa: 04h40minh acordar para pedalar, 05h10minh academia, 07h30minh trabalho, 15h00minh inglês (duas vezes por semana), 14h00minh estágio em revista cientifica (três vezes por seman
a), 19h00minh Universidade e às 23h00minh finalmente chegava em casa cansada, mas realizada. 



Pouco a pouco, minha disposição foi mudando. Pedalar e malhar já não fazia mais parte da minha rotina, o inglês e o estágio tornaram-se planos futuros, e a graduação passou a ser desinteressante; ir a aula tornou-se sinônimo de obrigação, aquela menina questionadora, que entrava em todos os debates deu lugar a uma pessoa que tinha a carteira como travesseiro e, que só acordava na hora de ir embora.


As notas foram caindo, as faltas era constante, o desejo de desistir do curso, fui me distanciando dos colegas de turma. Coincidentemente mudei de emprego, o que se tornou uma desculpa a mais para meu desempenho tão fraco na vida acadêmica. Daí por diante tantos outros problemas começaram a aparecer, crises renais constantes, cálculos e mais cálculos nos rins, inchaço devido à retenção de liquido, respiração ofegante, dores de cabeças constantes e intermináveis, o período menstrual era uma tortura. Médicos aqui, outros acolá, exames, medicações e os cálculos renais eram sempre falta de água e má alimentação, e para todas as outras coisas era estafa. E lá ia eu tomar litros e litros de água, polivitaminicos e tantas outras receitas caseiras na tentativa de ficar bem e, voltar a ser a velha Poli de sempre, sem sucesso.


A depressão começou a tomar conta de mim, tinha a sensação que tinha “emburrado” e “embarangado”. Perguntava-me: Como pode eu ter lutado três anos consecutivos para ingressar na Universidade e estar assim, tão desinteressada? Não aceitava a ideia de que eu, que tinha sido aprovada em primeiro lugar estar desistindo. Sentia-me feia, estava cheia de acnes, pelos em excesso, os seios ainda maiores (mesmo depois de uma mamoplastia de redução), o abdome inchado; os cabelos, ah meus lindos cabelos (lágrimas)... tantas coisas, tantas coisas que canso só de lembrar.


Teimosa como sempre fui, não aceitei que eu tinha me tornado uma preguiçosa, acomodada e sedentária. Não aceitei que eu era uma pessoa depressiva, não! Conhecendo o Deus a quem amo e adoro, fiz prova Dele: “Se és Deus mostra teu poder em minha vida!”. Então, comecei a ir a tudo que era médico, quase todas as especialidades eu visitei, e sempre dizendo: “Senhor a minha parte estou fazendo, faz a Tua que é o impossível. Eu não sou essa pessoa derrotada!”.


Em setembro após ter sido socorrida em pleno trabalho devido uma crise renal, determinei que não iria mais estar de urgência em urgência. Saia de casa com faca nos dentes de tanta dor colocava um toragesic em baixo da língua e ia trabalhar e, de lá saia para fazer exames, tomar medicação na veia no hospital próximo, mas não aceitava mais ser a coitada. Até que numa dessas idas ao hospital, pedi a uma amiga para me encaixar numa clinica geral a quem eu muito estimava, e após uma longa consulta ela me disse: Você está com um micro adenoma hipofisário. Hã!? Como assim Dra? A senhora nem me pediu exames hormonais. “Estou lhe pedindo todos os exames, mas te digo com toda a certeza que seu diagnóstico é esse”. 


Minha ficha não caia, eu apesar de ter trabalhando por três anos numa residência médica de neurocirurgia, secretariando o mais importante neurocirurgião do estado, não podia crer que eu estava com aquele problema, por mais que eu soubesse que se tratava de uma doença benigna, de fácil controle e com índice de sucesso quase que total no tratamento medicamentoso, eu não parava de pensar que, eu tinha um tumor na cabeça. Fiz a ressonância magnética, e no meio tempo entre a entrega do resultado fui submetida a um procedimento cirúrgico para retirada de um cálculo preso no ureter (nem te conto as dores). O resultado saiu, e lá estava: Macro adenoma hipofisário. Engraçado, eu já não estava mais preocupada, mesmo tendo sido considerado um tumor grande, eu não estava mais preocupada. Afinal das contas, agora eu sabia contra o que lutar; um alívio tomou conta de mim, eu só pensava: Não sou uma preguiçosa acomodada. 


Fui ao neurocirurgião, ginecologista, endocrinologista, ao oftalmologista e em tudo tenho visto a glória de Deus em minha vida. Vejo a mão de Deus no formato do tumor que não esta comprimindo o nervo óptico; vejo a mão de Deus no acesso a medicação que é fornecida pelo governo, pra se ter uma ideia algumas pessoas aguardam meses para conseguir, e eu sai de lá com a medicação nas mãos, lembrem-se sempre: gentileza gera gentileza, humildade acima de tudo; vejo a mão de Deus nas minhas férias que foram adiantadas em quatro meses para que não fosse necessário beneficio; vejo a mão de Deus no projeto que mesmo doente apresentei a minha coordenadora, que já foi implantado e está sendo um sucesso; vejo a mão de Deus na minha recuperação que está sendo rápida: seios e abdome desinchando, vitalidade, ânimo, disposição, nada de dor de cabeça, nada de crises renais. Êee! Minhas unhas estão grandes (rsrs).


Vejo a mão de Deus em cada amigo: as meninas do trabalho que seguravam as pontas durante meus atestados, que me ligavam pra estimar melhoraras, em especial: Clécia, Liliane, Tâmara, Nivia e Viviane Nogueira; a minha coordenadora Karla que compreendeu minha situação e me apoio; a minha vaquinha Elaine que me “pertubava” até meia noite (te amo), que esteve comigo no dia da cirurgia; minha Kikinha que me ajudou com a medicação, que me mandava SMS quase que diariamente; Áurea que me encaixava nas consultas sempre que eu precisava; Dr. Arnon que mesmo de férias preencheu uma série de papeladas para eu receber minha medicação; Ana que abriu as portas da Farmex para mim; Carlotinha por me apoiar e me ouvir; Leonardo que teclava comigo todas as noites e me enchia de ânimo; Leandro por... Ah Lé, você sabe (tímida).


Sou grata a Deus por misericordiosamente estar agindo em minha vida, por me amar apesar dos meus muitos pecados, por ter me dado uma mãe extraordinariamente maravilhosa, minha veia, amorzinho da minha vida. Grata a Deus pela cura, pois, eu creio que o tumor macro tornou-se nada. 


E aqui estou cheia de disposição, vivendo um lindo amor (segredo), ansiosa para retornar as atividades físicas (a extração de dois terceiros molares me impede por enquanto), ansiosa para voltar ao trabalho e iniciar o próximo semestre na Universidade e me tornar a Relações Públicas de sucesso. E o mais importante, adorando a Deus por toda a minha caminhada. 

Certa vez ouvi: "QUER SABER QUEM SÃO SEU AMIGOS, FAÇA UMA FESTA. QUER SABER QUE SÃO SEUS MELHORES AMIGOS, ADOEÇA!"


2 de out. de 2012

Pleito


Trabalhei por três anos em uma instituição pública de saúde, e independente do tamanho da minha remuneração, me esforçava e pagava um plano saúde e, ao reclamar das contas a pagar no fim do mês, as pessoas me questionavam: Porque pagar plano de saúde se você trabalha em tal lugar? E eu respondia: Justamente por isso, por conhecer de perto a saúde pública do nosso Estado. Não estou falando do trabalho médico, pois, este pude comprovar que era feito da melhor forma possível, uma vez que, lhes fosse dado condições para tal. Falo da acessibilidade a esse atendimento, o quão difícil era conseguir agendar um exame simples, o sistema CORA é falido, impede que sejam vendidas fichas, porém, burocratiza e deixa ainda mais distante o acesso ao atendimento. Confesso que me sentia constrangida quando pessoas me pediam para marcar um exame e/ou consulta, elas acreditavam que por estar dentro da instituição seria mais fácil, puro engano. Se olharmos pelo o que é CORRETO, realmente não era pra existir assistencialismo, mas se ele existe é porque  há a necessidade de sua existência, deste modo, me pergunto: Em quem acreditar quando se diz que fará algo pela saúde pública? Em quem faz, mesmo que em regime de assistencialismo, ou, em quem está em Brasilia e pode buscar recursos para o Estado e não faz, e se faz, não fiscaliza para que estes sejam usados realmente onde deveria. Ou melhor, em quem já esteve no governo durante 8 anos e não nos deixou na memória boas lembranças. Observa-se uma briga de Egos, ao ver a campanha 2012 penso que ela coincide muito com a novela global que foi lançada: Guerra dos Sexos, em nosso caso seria: Guerra dos Egos. E o problema está aí, muito se ouve, se assiste e pouco se pesquisa, se questiona e se conclui. Desde criança ouço que a maioria sempre vence, mas isso não quer dizer que a vitória é justa, contudo, nossa maioria é aculturada, ignorantes políticos e até mesmo inocentes e, é essa maioria que diz quem serão nossos governantes e desta forma temos o GOVERNO QUE MERECEMOS.
Porque nenhum parlamentar tem um projeto de lei, onde, a população teria que fazer um teste de aptidão para tornar-se ELEITOR? É certo que na primeira eleição após vigorar a lei, muito provavelmente teria uma sessão eleitoral por bairro, se não menos que isso, no entanto, afirmo que nos próximos pleitos esse número de sessões  iriam subir, pois, as pessoas teriam tido acesso, a seus direitos básicos e sobre tudo a educação, o que lhe abririam os olhos e os tornariam aptos a escolher, sairiam de um curral eleitoral para viverem numa sociedade que eles mesmo ergueram ao depositar na urna um voto consciente. Aptos? Na na nim na não! Você é louca Poliane? Entenda, se todos os eleitores tornarem-se aptos para tal, não teremos mais eleições, não haverá mais democracia, talvez voltemos até ao regime militar. Porque? Não teríamos candidatos, eleger-se com certeza não seria atrativo como os dias atuais, eleger-se seria sinônimo de trabalho. Ah... entendi. 

29 de set. de 2012

O valor do amor



O valor do amor esta no tempo. Não, não quero dizer que seu valor está no tempo em que se está com quem a ele dedicamos, não. Mas está no tempo em que nos dedicamos a cuidar desse amor.


Há quem diga que a intensidade do amor está na presença,é, alguns amores sim; sete dias distantes e o amor acabou, mas calma! Os setes dias terminaram, estarão próximos novamente, e essa 
proximidade te trará de volta o amor (risos).


Eu, porém, quero o amor fora de moda que esta desvalorizado mesmo. É, aquele que não acaba com a distância nem tão pouco aumenta com a presença, ele apenas existe, e estará ali, ainda que se findem os dias ele permanecerá.

O amor que vence o sono duma madrugada, para ouvir as lamentações daquele amigo que não ouviu o teu conselho, aquele que ao invés de dizer:
_ Vai passar, 

diz:
_ Eu te avisei!

O não demagogo, é esse que eu quero.

Eu quero aquele amor que mora em outro Estado, que não veio na minha formatura, no meu aniversário, mas ao saber que a minha unha do dedão encravou, pede folga no trabalho e vem me ver, e rir da minha cara amassada e pálida (risos), mas no fundo do coração está com medo de que eu morra por causa da tal unha (risos).

Eu quero que esse amor que independente do tempo, distância,religião, opção sexual, peso, raça e; que mesmo parecendo tão diferente é igual ao meu, permaneça para sempre. Ainda que o cantor diga que o pra sempre, sempre acaba, ele sempre

Mudou o Status

Não sou daquelas que se alegra da tristeza alheia nem muito menos fazem drama em coisas que é natural acontecer. Tudo na vida é aprendizado, cabe ao aprendiz estar apto, ou não para receber a lição. Não vejo um relacionamento acabado como algo que não deu certo, não; vejo como uma tentativa que nos traz algo na vida.

O que tem acontecido é, que a intensidade em que se ama é tão forte quanto a intensidade em que se aborrece, deixa e despreza. Como pode alguém que em alguns dias diz: "Você é a melhor coisa da minha vida", dizer: "Complicou, não presta, não quero mais", confuso, não?
Acredito que o respeito ao outro (e a si mesmo) deve estar acima de tudo; CAAAAALMA, não estou dizendo que mudar de ideia é errado, que não se deve terminar um relacionamento, na na nim na não, apenas que no momento em que se coloca em público que alguém não é bom, expõe-se o outro de forma depreciativa para tantas outras pessoas, e isso não é legal. O que não é bom pra mim pode ser ótimo pra você.

Mas aí há os motivos, os benditos motivos ... 
E nos perguntamos porque devo respeitar, se (talvez) não fui respeitada (o).
É, difícil responder, assim como é difícil entender que alguém intitulado como a melhor coisa de toda uma vida (independente de conhecer a dias) torna-se ruim tão rapidamente. 

Exposição nos traz aplausos; mas lembre-se que quem está no palco esta sujeito a vaias,  isso é reciprocidade.