Ao clamar teu nome
a inópia de ti se espalhou pelo ar como
o perfume que deixou quando se fora, foi
aí que percebeste que tua presença era
imprescindível.
Decidiste voltar, preocupada com o tempo
restante correste pois sabias que sem ti tudo poderia
ter um fim a qualquer instante.
Ao se aproximar do portão esbarrastes com os sonhos,
continuou a caminhar ao meu encontro,
segurando na maçaneta da porta estava
a vida e agarrada a suas pernas estava eu tentando
impedir sua partida.
Até que teu imo adentrou vorazmente, derrubando
a mala que a vida levava consigo repleta dos poucos
sentimentos que restara após a tua partida.
Não pude me levantar para ver-te,
mas aquela brandura que adentrava por entre a vida
e a porta era inconfundível.
Uma combinação de lágrimas e sorrisos se misturará
ao cansaço que me mantinha prostrada,
até que avistei se estender em minha direção
sua mão delicada,e cheia de forças para doar-me,
ao tocá-la senti um calor que reergueu-me,
meus olhos se fecharam e fui abraçada fortemente,
abri os olhos e confirmei o que meu coração já sabia eras tu
ESPERANÇA.
Mas tu estavas imóvel, então prontamente perguntei:
_ Quem me abraçou?
Tu respondeste:
_"A vida!
Ouvi seu brado sincero, e decidi voltar e comigo
a vida decidiu ficar já que dificilmente ela se sustentaria
sem mim".
Um comentário:
É muito lindo, tudo que escreves é maravilhoso, transcende a mesmice que se lê hoje em todos os lugares, invejo a essa tua capacidade de desviar os meus pensamentos para as suas palavras que desafiam o meu pensar a decifrar as entrelinhas misteriosas da tua escrita, é quase dinâmico, cada vez que leio mudam as cores dos devaneios que se produzem na minha mente.
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