“Sendo o termo da vida limitado, não tem limite a nossa vaidade, porque dura mais do que nós mesmos e se introduz nos aparatos últimos da morte. Que maior prova do que a fábrica de um elevado mausoléu?” (Mathias Aires)
De todas as paixões humanas, a mais secreta é a vaidade. Às vezes a guardamos no nosso intimo a ponto de a si mesmo ocultar-se, e ignoramos as ações mais simples que muitas das vezes nascem de uma vaidade simbólica, que quem a tem não conhece nem distingui; a satisfação própria que sente nossa alma é como um espelho em que nos vemos superiores aos demais. Não falo de vaidade estética, falo da vaidade da alma a mais impiedosa, que disseca a modéstia. Ela nasce do bem que obramos e nisso consiste a vaidade de obrar o bem.
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